As mudanças recorrentes que acontecem na vida das crianças, como processo de divórcio dos pais, troca de escolas, relacionamento com colegas e até a chegada de um irmão mais novo, podem desencadear alterações de comportamento. Além disso, quando essas modificações são identificadas, podem ser mais complexas do que esperado. 

Nesse cenário, os pais ficam confusos e perdidos sobre o que devem fazer. Conversar com os filhos? Buscar ajuda na escola? Deixar pra lá? Calma, que a gente te explica direitinho o que fazer nesses casos. Primeiro de tudo, é importante entender que a omissão nunca é a melhor solução, por isso, não é recomendado ignorar os sentimentos das crianças e nem menosprezá-los. Afinal, os filhos também são seres humanos.

Se apenas o suporte familiar não estiver sendo o suficiente para que a criança enfrente algum problema ou trauma, está na hora de procurar a orientação profissional de um psicólogo(a) especializado no público infantil.

Isso porque o acompanhamento vai ajudar o seu filho a lidar melhor com os sentimentos, como raiva, ciúme, medo, insegurança e até mesmo ansiedade, considerada a doença do século 21 e aparecendo cada vez mais cedo nas pessoas. Mas afinal, qual é o momento certo de buscar por esse atendimento?

Para abordar o assunto, a Clínica Humana convidou a psicóloga infantil Adriana Dias de Arruda (CRP 18/05498 ). Confira os cinco principais sinais que mostram ser a hora de buscar uma ajuda fora de casa.

5 sinais de que está na hora de procurar um psicólogo infantil

1. Atraso na fala, no movimento, no engatinhar e ausência no contato visual;
2. Dificuldade na interação social;
3. Aborrecimento com mudança de rotina;
4. Maior sensibilidade a sons, luzes e cheiros;
5. Riso inapropriado.

“Um acompanhamento psicológico infantil começa com anamnese, que é um roteiro de entrevista para avaliação psicológica. São questionários de dados de identificação dos pais e depois as queixas principais, as histórias clínicas, história familiar, história social, dados escolares, considerações finais e sugestão de encaminhamento”, explica a psicóloga.

Tratamento multidisciplinar

Adriana ainda reforça que é necessário fazer uma avaliação de triagem caso a criança não tenha algum diagnóstico. Essa etapa é fundamental para a confirmação de um relatório. Dependendo do laudo apresentado, pode ser que outras especialidades sejam integradas na abordagem de tratamento.

“Assim todos os outros médicos, observando e acompanhando junto com o psicólogo, chegam a uma conclusão para fechar um diagnóstico. Assim, já se inicia o tratamento com neuropediatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e outros que forem necessários”

Consultas seguras e confiáveis

Muitos pais têm dúvidas sobre o que as crianças fazem durante a consulta com o psicólogo infantil, mas saiba que são abordagens seguras e confiáveis. Visto que a sessão é bem diferente, a abordagem com os pequenos é mais lúdica, de forma que eles se sintam bem lá dentro.

Suas questões são abordadas de forma indireta a partir de brincadeiras. Além disso, a colaboração dos responsáveis é fundamental.